Artigo sobre autismo

O AUTISMO E AS PERSPECTIVAS EM DIFERENTES ABORDAGENS TEÓRICAS

Resumo Este artigo possibilita o entendimento sobre o estudo do autismo em diferentes abordagens. Desde a descrição de Kanner, o autismo tem sido visto ora como um problema cognitivo, ora como um problema social/afetivo. As principais contribuições e limitações dessas abordagens são identificadas na perspectiva de integrá-las em seus diferentes domínios e de investigações que incluam tanto as deficiências quanto as competências sociais dos indivíduos portadores da síndrome. Palavras-chave: Autismo, Inabilidade inata, complexidade

O autismo tem em seu conceito um contorno ainda impreciso, onde esta imprecisão se dá pelos mais variados tipos de comportamento que acometem os portadores da síndrome. Estes comportamentos em seus mais diferentes estágios de complexidade possibilitaram diversos enfoques teóricos na tentativa de explicá-los. A síndrome em questão vem provocando um número considerável de pesquisas na tentativa de novas descobertas e que certamente conduzirão a um tratamento mais adequado, tanto no grupo familiar desses portadores quanto na medicina e sua busca na tentativa de caracterizar esse intrigante perfil. A primeira descrição dessa síndrome comportamental foi apresentada por Leo Kanner em 1943 com base em um grupo de crianças com características em comum nos seus comportamentos como: incapacidade de relacionamento com outras pessoas; distúrbios de linguagem excessivos e uma preocupação excessiva pelo que é imutável. A partir da tese inicial de Kanner (1943) sobre a gênese do autismo, que afirmava que as crianças autistas sofriam de uma inabilidade inata de se relacionarem emocionalmente com outras pessoas, surgiram muitas especulações:

"Nós devemos, então, assumir que estas crianças tenham vindo ao mundo com uma inabilidade inata de formar o usual, biologicamente determinado, contato afetivo com outras pessoas, da mesma forma que outras crianças vêm ao mundo com deficiências