Doutrina da Criação
Com mais ênfase, seguindo as orientações do Concilio Vaticano II, o estudo da teologia deve partir das Sagradas Escrituras. Para então começar a ‘engatinhar’ na antropologia teológica faz necessário realizar um retrospecto dos fundamentos bíblicos: as duas narrativas da criação do homem já indicam a relevância dessa temática para o povo que Deus escolheu, a nação de Israel. Também é evidenciado nessas narrativas a intima relação entre a criação do cosmo e do homem, e este como ‘coroa’ de toda a criação. Tão firmada essa concepção que é exposta em artigos nos símbolos da fé cristã. Desde o inicio do cristianismo, os padres da Igreja, proclamavam insistentemente em suas homilias e davam destaque especial na catequese a respeito da criação do homem a ‘imagem e semelhança de Deus’. Para uns a imagem fora preservada mesmo após o pecado original; enquanto a semelhança é devolvida por Cristo. Outros enfatizam a criação de forma cirstologica utilizando a característica de Primogênito do Verbo, que existe antes da Criação e não fora criado, mas gerado do Pai. E, ainda aqueles, que numa hermenêutica trinitária, percebem no ‘façamos’ uma indicação da ação de toda a Trindade na criação. Para mim, um enfoque soteriologico nos ajuda a melhor conceber a relação da economia da salvação iniciada na criação, destacada na Dei Verbum. Dessa forma, evitar-se-á a assimilação de conceitos errôneos do pecado original; e que a criação fora realizada do nada e é expressão da liberdade e plenitude de Deus. O diálogo com a ciência, devido a boom da teoria evolucionista, não poderá partir da própria ciência; ao contrário, deverá firmar a fé nos relevada pela inspiração do Espirito Santo. Sem a fé na criação, e consequentemente a fé no homem criado a imagem e semelhança de Deus, o estudante de teologia não poderá progredir na concepção bíblica-cristã a cerca do homem. O estudo sistematizado ajudará o mesmo a ‘dar razão de sua fé’.