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Síntese do texto “O mal-estar da pós-modernidade”
O capítulo “O sonho da pureza” do livro “O mal-estar da pós-modernidade” de Zygmunt Bauman traz um discurso centrado no ideal de pureza, a qual é modificada de uma época para outra, logo flexível. O debate produzido segue uma sequência temporal até chegar à época da pós-modernidade, onde apresenta o conceito de liberdade e novos padrões de pureza que nortearão a estabilidade e o modelo de vida contemporâneo alicerçados no consumismo.
A noção de pureza está centrada em algo genuíno, onde há a manutenção através de um ambiente regular e estável que semeará a ordem dos atos de uma determinada sociedade. Desta forma, as ações tornam-se previsíveis, já que todos pensarão como um só indivíduo, além disso, este mundo estável e previsível facilitará a sobrevivência humana.
Tomando como base a natureza, Bauman exemplifica a noção de pureza, uma vez que a própria natureza não é nem suja e nem pura, porém no momento em que apresenta alguma intervenção neste espaço, haverá uma distinção entre a pureza e imundície. Portanto, a pureza é um ideal que precisa ser criado diante de um quadro comparativo.
O sujo não é algo permanente em todos os ambientes, pois a questão da ordem no modelo de pureza se baseia na colocação natural das “coisas” em seus devidos locais, porém a depender da localização desta “coisa” será considerada sujeira ou não. Ou seja, existem “coisas” que em um contexto se tornam puras, enquanto em outro são vistas como sujeiras que precisam ser eliminadas do modelo de pureza. Nesta confusão “geográfica”, aparecem “coisas” que não possuem um lugar reservado apenas para elas, visto isso não há uma ordem para a colocação delas no ideal de pureza. Ao possuir tal característica, o modelo vigente revela-se instável e torna necessária a intervenção humana neste processo. Deste modo, haverá a adaptação à sujeira, onde a ordem tentará maquiar este “objeto” intruso para que não haja desarticulação completa do padrão