DOENÇA HIPERTENSIVA NA GESTAÇÃO
Doença Hipertensiva Específica da Gravidez é uma patologia que acomete as gestantes, em geral, na segunda metade da gestação e, mais frequentemente, no seu terceiro trimestre.
As síndromes hipertensivas são as complicações mais frequentes na gestação e constitui, no Brasil, a primeira causa de morte materna, principalmente quando se instalam nas formas graves.
A DHEG é classificada em:
• Hipertensão induzida pela gravidez :
• Pré-eclampsia - desenvolvimento da hipertensão depois da 20ª semana de gestação complicada por envolvimento renal levando a proteinúria.
• Eclampsia: pré-eclâmpsia complicada por envolvimento do sistema nervoso central levando à convulsões;
• Hipertensão crônica que antecede a gestação;
• Hipertensão crônica com toxemia superposta.
Os sinais de pré-eclampsia podem ser três: hipertensão, edema e proteinúria. A pré-eclampsia tem como forte indício o edema generalizado (parede abdominal, face, região lombosacra e mãos) e o aumento de peso acima de 1kg por semana. Outros sinais e sintomas podem surgir e à medida que a doença progride o vasoespasmo se agrava, podendo ocasionar alterações no fundo do olho como edema de retina, constrição ou espasmo arteriolar e hemorragias. Cefaleias, tonturas, distúrbios visuais e hiperreflexia podem aparecer decorrentes da irritabilidade crescente do sistema nervoso central. Em alguns casos a retina pode descolar-se, mas a fixação da retina ocorre espontaneamente após o parto. A dor epigástrica é um sintoma tardio, que é atribuída ao estiramento da cápsula hepática devido ao edema e/ou hemorragias.
Já na eclampsia, o edema acentuado pode deformar as feições da mulher até torná-la irreconhecível. Sintomas como oligúria, anúria e proteinúria aparecem, a pressão arterial pode atingir valores acima de 180/110 mmHg. Podem ocorrer convulsões tônico-clônica que são precedidas por uma aura (sensação subjetiva e passageira que procede a uma crise).