Percepção das mulheres portadoras da doença hipertensiva específica da gestação sobre a patologia
Graduação em Enfermagem
PERCEPÇÃO DAS MULHERES PORTADORAS DA DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTACÃO SOBRE A PATOLOGIA
Rafaella Cristina Palmeira
PATROCÍNIO
2011
1 INTRODUÇÃO
A gestação é um fenômeno fisiológico que evolui sem intercorrências, na maior parte dos casos. Segundo o Ministério da Saúde (2000), uma parte das gestantes apresenta chance de evolução desfavorável durante a fase gravídica, quando portadoras de alguma patologia que possa contribuir para a Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG).
A DHEG caracteriza-se pelo surgimento de hipertensão em gestantes normotensas, após a vigésima semana de gestação, sendo prorrogada por todo o período gestacional, demandando uma assistência contínua durante o pré-natal, já que o quadro clínico apresenta considerável gravidade (DESSE; VIEIRA ; CARVALHO, 2003).
Segundo Gonçalves, Fernandes, Sobral (2002), dentre o elevado número de complicações clínicas relacionadas ao período gestacional que acarretam morbimortalidade materna e perinatal, destaca-se a DHEG, que é também denominada pré-eclâmpsia, ocupando o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal.
Para os autores, durante a gestação, o critério do aumento da pressão arterial é crucial, pois são freqüentes os casos de gestantes cujos níveis pressóricos pré-gravídicos são baixos (80 x 50 mmHg, por exemplo) e, após a vigésima semana gestacional, tais níveis tensionais apresentam algum grau de elevação (115 x 70 mmHg, por exemplo) (GONÇALVES; FERNANDES; SOBRAL, 2002).
De acordo com seu grau de severidade, a hipertensão arterial na gravidez pode acarretar sérios danos ao binômio materno fetal. Dessa maneira, é considerada um grande fator de risco gestacional principalmente quando associada às condições socioeconômicas desfavoráveis.
Os fatores mais comuns