Estudo de caso: doença hipertensiva específica da gestação e doença hemolítica perinatal
A gestação é uma fase biologicamente natural e é considerado um evento muito importante na vida da mulher. Durante esse período ocorrem mudanças gradativas em todos os sistemas do organismo.
Todo o processo da gravidez provoca grandes mudanças na mulher, a ponto de não limitar somente ao corpo, como também na maneira dela se ver e em suas relações pessoais, caracterizando-se assim como um período de transição existencial das mais importantes. Independente do nível educacional, cultural ou sócio-econômico, as vivências deste período são semelhantes, estando às diferenças ligadas ao cenário da gravidez, sendo ela desejada ou indesejada; primeiro ou segundo filho; com ou sem vínculo estável entre o homem e a mulher ou entre familiares e amigos. Frente a tantas modificações e sensações, a mulher precisa do chão seguro de um vínculo de suporte e de confiança.
O puerpério caracteriza-se por se apresentar como uma fase de profundas alterações no âmbito social, psicológico e físico da mulher. De acordo com KITZINGER apud MALDONADO (1997), este é um período que se inicia após o parto com duração de aproximadamente três meses. No caso de mulheres primíparas, esta fase pode estender-se, uma vez que a inexperiência associada a sentimentos de ansiedade, medo, esperança, entre outros, somatizam-se e produzem o quadro de instabilidade ainda maior do que o natural. No período puerperal todas as alterações no organismo materno regridem e todos os sistemas do corpo retornam ao seu estado pré-concepcional. A assistência de enfermagem, nessa fase, entra em cena com grande relevância, haja vista a necessidade da puérpera em receber todos os cuidados oferecidos pelo enfermeiro, mantendo a paciente informada à respeito das mudanças que acontecerão no seu organismo e facilitando às suas condições pré-gravídicas (SANTOS et al., 2009). As alterações que ocorrem durante o período gestacional são fisiológicas e normais para essa etapa da vida