Doenças hipertensivas específica da gestação
3.1-DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG).
Dentre as complicações do ciclo gravídico-puerperal, a hipertensão arterial é considerada uma das mais importantes e mais comuns. Resulta em alto risco de morbidade e mortalidade materna e perinatal, com incidência em 6% a 30% das gestantes (PERAÇOLI, PARPINELLI, 2005).
Os distúrbios hipertensivos são complexidades médicas de maior importância durante o período da gravidez e do pós-parto. O termo “hipertensão na gravidez” é geralmente usado para descrever pacientes com pequena elevação dos níveis pressóricos, até hipertensão grave com disfunção de vários órgãos (BEZERRA et al., 2005).
A Hipertensão Gestacional passa por fatores genéticos e ambientais, dentre estes a nutrição humana. Já é fato cientificamente comprovado que dietas ricas em sódio, aliadas ao baixo consumo de potássio, desencadeiam a hipertensão arterial em indivíduos geneticamente predispostos (SÍRIO et al., 2007).
A DHEG (Doença Hipertensiva Específica da Gestação) é uma síndrome que se inicia durante a gravidez, desaparecendo completamente após o parto, e que na sua forma pura e bem conduzida não deixa seqüelas (CORREIA, 2004).
Esta patologia é a intercorrência clínica mais comum na gravidez, sendo responsável por 5% a 10% dos distúrbios que ocorrem nesse período. Apresenta uma incidência relativamente alta que aumenta em alguns grupos específicos. Pacientes com mais de 35 anos, estão mais sujeitas à hipertensão arterial crônica, enquanto, as primigestas e as adolescentes, têm maiores chances de desenvolverem a DHEG (GALLETO, 2006).
O diagnóstico precoce laboratorial e sistemático dos sintomas da DHEG e dos sinais de crise convulsiva devem ser pesquisados nas mulheres com pré-eclâmpsia e eclâmpsia (BRASIL, 2006).
A DHEG é considerada um problema de saúde pública, sendo a principal causa de óbito materno no Brasil e a segunda nos Estados Unidos. As mulheres com idade acima de 40 anos desenvolvem duas vezes mais