Docência e Gênero
RESUMO
O magistério da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental é um campo feminizado, sendo raros os estudos empíricos sobre a docência nele exercida por homens. Esta pesquisa objetiva refletir sobre essa questão a partir da categoria gênero, entendida como construções sociais e históricas, pressupondo-se a possibilidade de reconstruções cotidianas das identidades de homens, mulheres e docentes. Na busca por uma maior inserção no mercado de trabalho, a mulher, através de lutas, avançou e recuou em momentos distintos, mas acabou por conquistar espaço e identidade profissional. A investigação teve por objetivo analisar como se deu a escolha profissional, examinando em que medida as professoras podem ou não escolher entre ser professora ou deixar de sê-la, bem como os objetivos por elas traçados ao longo de suas carreiras buscando oferecer elementos para uma melhor compreensão da profissão docente e de seus profissionais no contexto atual enfocando a Docência e o gênero nos anos iniciais da educação básica. Como metodologia, utilizamos à pesquisa bibliográfica onde percebemos que a escolha profissional acaba sendo influenciada pelas representações existentes na sociedade, que têm suas bases na história da feminização do magistério, que divulga que as profissões consideradas movidas pela “emoção” seriam próprias das mulheres e as ligadas à “inteligência” seriam patrimônio exclusivo dos homens. Por mais que a educação tenha passado por algumas mudanças na prática escolar, a feminização do magistério continua se perpetuando mais e mais, desvalorizando o papel da mulher docente ano após ano. Sendo assim, buscamos com esse estudo apresentar os desafios, impasses e renúncias enfrentadas por mulheres bem como as suas perspectivas, anseios e mudanças no decorrer e após a formação profissional.