DOCÊNCIA DO ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA
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DOCÊNCIA DO ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA A Constituição brasileira atual garante liberdade de crença e assegura o livre exercício dos diversos cultos religiosos. Além disso a Constituição Federal instituiu a separação entre Estado e Igreja. Essa separação vigora no Brasil desde o início da República (1889), mas nem sempre foi assim. Como era a relação entre Estado e Igreja no período colonial? Tentarei expor com brevidade alguns aspectos significativos daquele passado, para melhor compreender a dimensão do fenômeno religioso nos dias atuais. Na época da colonização, a lei determinava que o Catolicismo era a religião oficial em Portugal; todos os súditos portugueses deveriam ser católicos, caso contrário estariam sujeitos a perseguição. Junto com Tomé de Souza, que governou o Brasil de 1549 a 1553,vieram seis jesuítas, chefiados pelo Padre Português Manoel da Nóbrega, com a missão de catequizar os índios. Os Jesuítas faziam parte de um mundo regulado pelas normas e pelos costumes das sociedades católicas europeias e não compreendiam os múltiplos elementos das culturas indígenas. A América era vista por eles como um lugar muito diferente desse mundo: entre os indígenas havia, por exemplo, a nudez, a liberdade sexual, a poligamia, a antropofagia e crenças próprias. Para transmitir-lhes os valores da cultura europeia e do cristianismo, os jesuítas elaboraram o projeto de reunir as populações indígenas em aldeias. Durante o governo de Tomé de Souza, ocorreu a fundação de Salvador,a primeira cidade do Brasil, e a criação do primeiro bispado brasileiro em 1551,chefiado pelo bispo D. Pero Fernandes Sardinha. Com o segundo governador – geral, Duarte da Costa, que governou de 1553 a 1558, vieram mais jesuítas para o Brasil, entre os quais, se destacou José de Anchieta. Em janeiro de 1554, Anchieta e Nóbrega fundaram o Colégio de São Paulo, junto ao qual surgiu a Vila que deu origem à