documentos de identidade, teorias do currículo
Dois autores são apresentados como protagonistas de alguns discursos sobre currículo, e o primeiro deles, Taylor, é citado como sendo a inspiração para a conceitualização de currículo encontrada em Bobbit. Para Bobbit, currículo é visto como “processo de racionalização de resultados educacionais, cuidadosa e rigorosamente especificados e medidos.” Na verdade Bobbit tratou de descobrir o currículo vigente e descrevê-lo, e não significa que o tenha criado a partir de um nada. A grande questão é que o currículo até então era tradicional e com as definições de Bobbit, continuou sendo com mais força, pois agora possuía suporte teórico e “supostas asserções sobre a realidade acabam funcionando como se fosse asserções sobre como a realidade deveria ser.”
As teorias tradicionais aceitavam as coisas como estavam, e os conhecimentos concentram-se nas questões técnicas, no preparo do indivíduo para a sociedade, e não o via como agente transformador de nada, mas como sujeito de trabalho, mecanicamente parte do sistema de massas geradoras de produtos. O conhecimento qualificaria o trabalho e só. Supostamente, os estudos sobre currículo deram origem as teorias tradicionais, como são conhecidas.
Sendo que as análises de Bobbit eram sedutoras para uma época, pois vinham com promessas de tornar o currículo mais científico, já agora, no segundo capítulo do livro resenhado, surge uma passagem das teorias tradicionais para as críticas, que como nominalmente já traduzem, tinham por claro objetivo criticar e derrubar o currículo tradicional, oferecendo uma nova visão do currículo ideal, transformador de uma realidade. Novo nome é lembrado aqui: Dewey, que não