Resenha - SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo
CFH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de História
Disciplina: Organização Escolar II
Autor: Guilherme Silva
Florianópolis – 23 setembro de 2013
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica. 2007. pp. 11-81.
Em seu livro, Tomaz Tadeu da Silva1 abrange algumas teorias, termo que coloca em equivalência ao de discurso, acerca da ferramenta educacional que é o currículo. Através destas análises, o autor divide três teorias que estudam o currículo: a tradicional, que não se preocupa em se posicionar criticamente em relação ao currículo, mas sim de organizar os setores envolvendo tal ferramenta, sendo puramente científica; e as teorias críticas e póscríticas, que argumentam justamente o contrário, dizendo que nenhuma teoria é neutra, científica ou desinteressada. Enquanto a tradicional se pergunta “o quê?” e “como?”, as teorias críticas e pós-críticas se dão melhor com a pergunta “por quê?”. O capítulo referenciado diz respeito apenas as duas primeiras correntes teóricas, portanto me fixarei na análise que Silva faz acerca delas.
Primeiramente, antes de analisar as teorias em si, Silva se questiona sobre o conceito de teoria, fazendo uma comparação com discurso, o qual, em uma perspectiva pósestruturalista, cria e critica ao mesmo tempo o objeto que analisa, quando a teoria apenas evidencia um objeto já existente e, por meio de uma retórica, o coloca como uma descoberta, por isso é tratada de forma circular.
A construção da análise sobre currículo vem de muito antes, Bobbit, no contexto da massificação da educação na primeira metade do século XX, constrói uma definição desta ferramenta, de modo conservador ele coloca o currículo com algo organizacional e o trata como um instrumento para servir a economia. Divagando sobre como as definições sobre currículo são construídas, Silva considera que mais importante que