Documento 531

Marla Cristina Durães Dourado; Turno: Matutino.
APRESENTAÇÃO:
Sexo: Feminino; Idade: 48 anos; Estado civil: Casada; Profissão: Microempresária.
RESUMO: J, relata um acontecimento que a perturbava, e o motivo seria a relação de sua filha e a relação da mesma com seu marido, pai de sua filha. J diz que eles vivem brigando, e não se falam entre si e colocam J como uma correspondente que leva e trás recados de um pra outro e isso a machuca muito, tal problema entre filha e pai ocorre desde muito cedo e nunca teve uma solução. E também trouxe para a mãe muitas dores, tristeza, por esse motivo ela faz visitas constante ao médico e foi um terapeuta, e nas sessões o terapeuta perguntou para J se ela não presumia se o pai poderia ter feito algo inaceitável com a filha durante a infância dela, com possibilidade de uma relação incestuosa entre pai/filha. J relatou que pensou sobre o que ele disse e pensou e fez muitas relações de acontecimentos e falas da filha quando criança. J disse que muitas vezes quando não tinha como levar a filha para o trabalho, ela a deixava com o pai ou os avós, quando deixava com o pai ele tinha que fazer o que a mãe fazia, dar banho, alimentá-la, por para dormir etc. E disse algumas coisas que percebia na época mas nunca tinha correlacionado, diz que depois que chegava do trabalho e ia ficar com a filha, se o pai chegasse perto a filha chorava e muitas vezes não queria o colo do pai. J disse também ter dito sonhos durante a infância de sua filha, em que o pai e a filha tinham uma relação amorosa.
ANÁLISE E DISCUSSÃO TEÓRICA DO CASO
Neste caso fica evidente algumas coisas, como o fato de que as dores que J sentia vinha desses conflitos psíquicos que ela vivia, que havia um componente interno que fazia ela ficar triste e angustiada, e que essa dor vinha da culpa e percepção que desse mal-estar subjetivo e o avanço desse mal-estar poderia vir do possível e inaceitável ato entre pai/filha, e nos sonhos em que fantasia o ato perverso tinha como