doces poderes
As teorias do agendamento e da espiral do silêncio são retratadas de forma clara no filme “Doces Poderes”. A manipulação aliada a uma ética "disfarçada”, dentro de um cenário político dos anos 90, mas que pode ser usado como um exemplo na atualidade. A força dos sistemas midiáticos é mostrada de forma simples e bem humorada levando a reflexão de como nossas opiniões são formadas, a partir de conteúdos inseridos pelos meios de comunicação. Enquanto a segunda hipótese respectivamente mostra que o silêncio da sociedade mantém e reforça a opinião dos meios.
‘Doces Poderes’ O filme aborda uma campanha eleitoral para o governo de Brasília, dentro de um cenário corrupto e de manipulação das informações. A personagem principal é Bia, uma jornalista que tem seus princípios bem definidos, contratada para chefiar a sucursal de uma grande emissora de televisão brasileira, a TNA, a qual uma parte de seus funcionários foi trabalhar Brasil a fora nas campanhas políticas. Um detalhe interessante e bem humorado do filme são os vários depoimentos, quase como um documentário, desses profissionais que foram em busca de interesses financeiros, embora alguns optassem pela ética ao invés do capital. Ao chegar à instituição, Bia se depara com um “sistema” de trabalho totalmente diferente de seus princípios, pois no seu ponto de vista a imparcialidade é indispensável no jornalismo. No início ela consegue controlar a situação, agir e transmitir a informação sem poderes manipulativos apostando na neutralidade, pois Bia é amiga de Chico, o assessor da oposição. O candidato que está à frente nas pesquisas ao notar a perca de eleitores, decide jogar fotos comprometedoras do esquerdista Luizinho Vargas em um caso extraconjugal com a repórter da TNA. Chega o momento em que a opinião de Bia já não é tão levada em consideração, pois existe uma ordem acima da sua, com a função de manipular as informações favorecendo os que apoiam os seus interesses, no caso, o candidato da