Resenha do filme doces poderes ( teoria da comunicação)
Bia critica os colegas que aceitam esse tipo de trabalho sem nenhum critério ético ou político, apenas financeiro. A diretora do filme, que já foi jornalista, fala – através de Bia – sobre a possibilidade dos jornalistas defenderem seu ponto de vista, mesmo diante de vantajosas propostas financeiras de políticos em campanha eleitoral. Além disso, a trama toca em uma importante questão: como estes políticos utilizam as novas tecnologias – especificamente a televisão – para manipular a opinião pública.
Nesse contexto, o filme vai mostrando como as campanhas vão se desenrolando, ao mesmo tempo em que mostra os conflitos éticos dos personagens, que se deparam, cada um, com situações eticamente discutíveis. A jornalista Bia, por exemplo, vê seu trabalho ser manipulado pela direção da emissora. Os profissionais da comunicação se perguntam se vale a pena lutar pelo que acreditam, ou se devem fazer o que for preciso para a ascensão profissional – mesmo que isso signifique contrariar seus ideais.
O filme pode ser visto como um resumo do que foi a campanha das eleições para presidente do Brasil de 1989: o candidato Fernando Collor, criado e apoiado pelos meios de comunicação, com uma poderosa campanha de marketing, acabou por vencer Lula, que vinha de uma classe operária e não possuía prestígio no meio das grandes redes. Realizado com modestos R$ 500 mil, entre 1995 e 1996, Doces Poderes só conseguiu reunir um elenco de “luxo” – Antônio Fagundes,