Do latim às línguas românicas
O latim é uma antiga língua indo-europeia do ramo itálico falada em Lácio, região de Roma. O alfabeto latino continua a ser o mais usado no mundo. Embora o latim seja hoje uma língua morta, com poucos falantes fluentes e sem que ninguém o tenha como língua materna, ainda é utilizado pela Igreja Católica. O latim vulgar é o ancestral dsa línguas neolatinas (Italiano, Francês, Espanhol, Português, Provençal, Catalão, Sardo, Romeno, RetoRomeno, Dálmata). O latim vulgar difere do latim clássico na gramática, vocabulário e pronúncia e foi evoluindo gradualmente de modo a tornar-se em cada uma das distintas línguas românicas.
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Latim Vulgar
O latim como língua viva estava sujeito a constantes modificações. Enquanto a língua das classes cultivadas (o latim clássico) tornava-se cada vez mais uniforme sob a influência estabilizadora da cultura e da aprendizagem, a língua do povo (o latim vulgar) tornava-se cada vez mais diversificada na medida em que se disseminava com a expansão do vasto Império Romano. O latim clássico tornava-se uma língua morta, enquanto o latim vulgar se desenvolvia nas chamadas línguas neolatinas ou românicas. Sabe-se que não existe propriamente uma literatura em latim vulgar. De acordo com o autor Edwin B. Williams (1975: 15), o nosso conhecimento sobre o latim vulgar deriva das seguintes fontes: a) elementos populares, de origem intencional ou acidental, no latim clássico e no medieval; b) observações linguísticas no latim clássico e no medieval; c) elementos latinos nas línguas dos povos com os quais os romanos entraram em contacto; d) as línguas românicas. O latim vulgar é, por conseguinte, uma língua reconstruída de fragmentos heterogéneos e em grande parte na base de hipótese.
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O latim e a formação das línguas românicas
Com a conquista de um país estrangeiro, os romanos perseguiam múltiplos objectivos, que podem resumir-se numa só palavra: exploração. Para alcança-la tomavam todas as medidas necessárias: em