Romanizacão

VIDOS, Benedek Elemer. Manual de lingüística românica Rio de Janeiro: Eduerj, 1996.

De acordo com Vidos (1996, p.60) por volta do ano 272 antes de Cristo, os romanos começaram a se expandir, conquistando varias colônias vizinhas, a ponto de se tornarem um vasto império. Estas conquistam aumentaram até 107 depois de Cristo. O latim que era uma língua falada pelos romanos foi introduzido nas regiões conquistadas; em contato com as línguas já existentes, deram origem as línguas românicas. A conquista dos territórios visinhos não era feita de imediato; em algumas regiões o período de conquista durou muitos anos. A exemplo da Hispânia que durou duzentos anos. Mas aos poucos os romanos conseguiram implantar seus domínios nas regiões conquistadas. Outro dado, segundo o mesmo autor é que a romanização não foi igual em todas as regiões conquistadas, ou seja, em algumas, a romanização foi mais profunda e em outras mais superficial. Apesar disto, em três séculos Roma passou a ser a civilização mais importante da região e sua língua falada por diversos povos. Os interesses dos romanos eram políticos e econômicos, ou seja, eles não obrigavam os vencidos a deixarem suas religiões e suas línguas para assimilarem as suas, isto é, a dos romanos. Os acordos políticos eram feitos em latim; por isso sua língua prevalecia nos contatos mais importantes. De certa forma o latim continuava sendo a língua privilegiada. (p.160) Os saldados romanos foram os principais agentes da disseminação do latim. Eles permaneciam nas colônias conquistados mantendo relações diretas com os povos conquistados, se casavam com mulheres das colônias, contribuindo de forma mais ativa neste processo da romanização. Pode-se dizer que a romanização foi um processo parecido com a colonização da America central e meridional, pelo império colonial espanhol. Este criara base militar nas regiões. Os militares ganhavam terras e se casavam com as índias das colônias; mantendo contato