Do crescimento forçado a Crise da Dívida
7ª. ETAPA
Capítulo 16 – Do Crescimento Forçado À Crise da Dívida
Houve inúmeras mudanças no início dos anos 70, no âmbito internacional, que afetaram de forma grave a economia brasileira. O acordo de estabilização da taxa de câmbio internacional foi interrompido, e o petróleo, que na época era a fonte principal de energia mundial, teve seu preço multiplicado por quatro em 1973, pelos países membros da OPEP.
Como não podia deixar de ser, o Brasil, assim como a maior parte do mundo, reagiu de forma recessiva diante dessas graves mudanças.
A partir de 1974, o Brasil desenvolveu o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), que na época era uma obrigação constitucional que todo governo lançasse um PND. A partir desse período deu-se início ao período de recessão denominado, Crise da Dívida Externa.
II Plano de Desenvolvimento Nacional (PND)
O rápido crescimento provocado pelo Milagre Econômico causou alguns desequilíbrios, que gerou problemas inflacionários e na balança comercial.
O presidente Ernesto Geisel necessitava de uma maior taxa de investimento do que o governo anterior para manter as taxas de crescimento. As opções de crescimento eram: AJUSTAMENTO e FINANCIAMENTO.
O Ajustamento buscava desvalorizar o cambio, conter a demanda interna e evitar que o choque externo se transformasse em inflação permanente.
O Financiamento matinha o crescimento elevado enquanto houvesse investimento externo.
Em 1974, o ministro Mario Henrique Simonsen optou pela opção de ajustamento, que não pode ser levada adiante por conta da quebra do banco Halles. Então, no fim de 1974, o II PND traçou uma estratégia de financiamento, porém, promovendo um ajuste na estrutura de oferta de longo prazo, mantendo assim a economia funcionando em ritmo de marcha forçada.
Deste modo, buscou-se alterar a estrutura produtiva brasileira, na tentativa de, ao longo prazo, diminuir as importações e aumentar as exportações. Para isso, era necessário