Economia decada de 70 a 80
O choque dos preços do petróleo entre 1973-1974 inaugurou uma longa fase de dificuldades para a economia brasileira, expressas no prolongado quadro de restrição externa. As relações de troca do Brasil com o resto do mundo, que haviam atingiram o seu ponto máximo em 1977, começaram a despencar isso não ocorreu em função apenas da elevação do preço do petróleo, como se costuma noticiar, mas principalmente porque os países centrais conseguiram impor o aumento dos preços de seus produtos numa proporção muito superior ao dos produtos exportados pela periferia.
Além disso, a partir de 1980 forçaram para baixo os preços das commodities que o Brasil exportava, que caíram 26% de 1980 a 19824. Demonstrando assim que o problema não estava principalmente no petróleo, o fato é que excluindo esse produto nossas exportações caíram 31% de 1977 a 19825. Dessa forma vários problemas agravaram não só as relações socioeconômicas do Brasil perante o mundo mas também as políticas adotadas para a nação.
Uma primeira consequência desse duplo choque, o do petróleo e do aumento dos juros, foi a queda nas exportações brasileiras provocada pela recessão mundial e o aumento violento do déficit em conta corrente do balanço de pagamentos, que pulou de US$ 6,9 bilhões em 1978 para US$ 16,3 bilhões em 19826.
Além desses fatores, em função da transferência de recursos para o exterior, da queda da taxa de lucro interna e da desaceleração dos investimentos privados, a inflação começou a acelerar. Com o aumento da vulnerabilidade7 e das sangrias externas, a pressão pela subida dos preços internos aumentou mais ainda: depois de vários anos estabilizada, a taxa de inflação acelerou a partir de 1979.
2. A CRESCENTE DÍVIDA INTERNACIONAL
Tendo a divida externa dado um salto, por conta da opção de crescimento econômico adotado no país e sem os empréstimos vindos do exterior o Brasil não tinha capacidade de pagar a conta produzida através da exportação do petróleo e continuar com a