DIÁRIO DE ANNA FRANK
Ao traçarmos um paralelo do trecho do “Diário de Anne Frank”, com a “Síndrome da adolescência normal”, de Mauricio Knobel, conseguimos assimilar, algumas características marcantes na fase da adolescência. Para tal, passaremos a seguir, a discorrer sobre as similaridades, dos dois textos.
METODOLOGIA E DISCUSSÃO Tudo aquilo que o adolescente vivenciou no seu complexo de Édipo, quando ainda na infância, volta agora nesta fase, porém carregado de culpa. E é nesse exato momento que começamos a identificar no trecho em que Anne Frank, revela seu passado experimentado, bem como o seu passado internalizado, porém com as novas exigências do meio, e com as urgências instintivas. “Eu adoro papai. É meu ideal. Não amo ninguém no mundo, só ele... Quero de papai algo que ele não pode me dar.” Neste trecho de Anne Frank, podemos destacar duas fases: a necessidade de intelectualizar e fantasiar e a evolução sexual desde o auto-erotismo até a heterossexualidade. Anne fantasia com seu pai através de um desejo incestuoso que não pode ser concretizado, devido as perdas que ocorre dentro de si, e que não pode evitar. Seu afeto pelo pai emerge do seu intimo, e que apesar de haver conflito com o id o asceticismo estabelece limites de proibições pelo superego, agora ela precisa sair em busca de sua própria identidade. O sentimento de identidade implica na noção de um ego que se apóia na continuidade e semelhança das fantasias inconscientes principalmente as sensações corporais e as tendências pelo mundo externo e interno, bem como as ansiedades correspondentes e os mecanismos de defesa, segundo Grimberg, o que a leva a recolher-se desse desejo, que é ignorado pela figura idealizada que é seu pai, que é vinculado com as fantasias edípicas.
“Não tenho nem nunca tive ciúme de Margot. Não invejo a boniteza, a beleza dela. É que eu só preciso do verdadeiro amor de papai: não só como filha dele, mas como eu mesma – eu Anne”. Anne demonstra totalmente conformada com sua nova