dear
Dear Frank,
Já passa da meia noite, e supostamente devia de estar a dormir. Mas como posso ir dormir quando o meu cérebro contem um turbilhão de pensamentos, como uma guerra entre dois países arqui-rivais de gingeira. O meu raciocínio está demasiado lento comparado com a velocidade que o mesmo trabalha todos os dias. Hoje é o dia dos namorados, e eu, na minha simples forma de ser, como sempre, estou sozinha. Solidão. Estou sozinha com todo o sentido da palavra, parecendo um monstro horripilante encostado na ponta de um quarto, com os joelhos encostados ao peito, lentamente a balançar ao som dos murmuros das árvores. Com isto tudo, quero-te agradecer. Querido Frank Ocean. Por seres quem és, e por teres aberto os meus olhos a novos horizontes, a expandires o meu pobre e humilde córtex cerebral. A vida é dura, e eu só me apercebi que não estou a agradecer pelo que tenho hoje. Obrigada por seres uma inspiração, uma luz ao fundo do tunel que me guia lentamente até ao fim desta era turbulenta e escura. Agradeço-te por com os teus pensamentos me levares a novos extremos e involuntariamente fazeres de mim uma pessoa nova, uma pessoa que acredita em finais felizes e que quer lutar para o ter. És um anjo que me veio salvar, e eu não podia estar-te mais agradecida.
Sincerely yours, Anna x
Porto, 27 de Fevereiro de 2013
Dear Frank,
12 dias se passaram sem eu te escrever; ao início tinha na mente que ia fazer um diário que fosse ‘diário’, onde eu contava totalmente o que acontecia. Mas para quê? A minha vida é tão aborrecida. Hoje, a minha mãe bateu-me. É um bocado cliché estar a queixar-me que levei três estalos no meio da cara e dois puxões de cabelo, parecia aquelas lutas que acontecem nas escolas. Parece que a minha mãe não sabe disso, e é claro, pelas bipolaridades dela, levo eu. Confesso que doeu, claro, mas não chorei. Qual seria o motivo de chorar? Revelar-me fraca perante a fuça dela? Não obrigada, prefiro ter o meu orgulho e