Diálogo Fédon
O diálogo nos mostra a imortalidade da alma. Tal demonstração é feita diante de alguns de seus discípulos, que viam na morte de Sócrates, um motivo para grande desespero, pois perderiam seu grande mestre nos caminhos do pensamento. Entretanto, Sócrates respondeu às questões de seus discípulos com humor, bondade e interesse, selando de certa forma, a imagem do que verdadeiramente significa ser filósofo.
Sócrates, Símias e Cebes aceitam a teoria da reminiscência. Para Platão, a alma está acidentalmente unida ao corpo, e é uma substância espiritual completa. Existem três teorias para estabelecer essa doutrina:
A preexistência da alma que é definida pela teoria da reminiscência, porque Platão desconhecia a criação ex nihilo do judaísmo e cristianismo, de forma que explicar a existência de ideias presentes em nós desde o nascimento ficava impossível a não ser por uma vida anterior. Platão explica essa vida anterior por um mito em que as almas cometem certas faltas e são punidas com a união com o corpo humano.
A união acidental da alma com o corpo difere a teoria de Aristóteles, porque Platão acreditava que o corpo impedia a alma de alcançar à sabedoria por imposição de necessidades tirânicas, e que a alma prejudicava o corpo porque investigações filosóficas profundas levavam à exaustão corporal.
A imortalidade da alma que pode ser demonstrada pela participação no mundo ideal, na Ideia da vida e na necessidade moral.