Diversidade da força de trabalho
Este artigo discorre sobre as origens das ações afirmativas, cujo sentido é exemplificado na legislação brasileira pela Lei nº. 8213/89, que reserva de 2% a 5% das vagas no mercado de trabalho para pessoas com deficiência. Mostra como a gestão da diversidade vem demonstrando que o ganho das organizações empresariais é tanto maior quanto for a incorporação das singularidades dos colaboradores no ambiente de trabalho. Isto gera um melhor desempenho e, conseqüentemente, maiores benefícios sociais e econômicos. O artigo destaca um rol de práticas recomendadas, sinalizando o caminho para alcançar o sucesso empresarial, simultaneamente à promoção de mudanças sociais mais amplas.
CONCEITO DE DIVERSIDADE
Alguns estudiosos identificam características na contemporaneidade que determinam um período histórico denominado pós-modernidade. Uma dessas características é o pluralismo das idéias e a aproximação e valorização das diferentes culturas do planeta.
Almeja-se o ideal de uma convivência pacífica, de opiniões divergentes e de visibilidade de pontos de vista antes ocultos pelos chamados discursos dominantes. Nesse contexto, as minorias e os grupos marginalizados passam a ser preocupação das políticas públicas e ações afirmativas que visam a compensar os anos de exclusão e marginalização social. Surge, então, o conceito de sociedade inclusiva, entendida como uma sociedade que reconhece, respeita e responde às necessidades de todos os seus cidadãos. Dois princípios devem ser ressaltados na construção desse modelo: a busca pelo respeito à igualdade na diferença - a oferta de tratamento igualitário sob o ponto de vista dos direitos humanos e da justiça social e a busca pelo respeito à diferença na igualdade, ou seja, a individualização do tratamento a cada pessoa, atendendo a sua singularidade.
AÇÕES AFIRMATIVAS
No que tange às pessoas com deficiência, as políticas de ações afirmativas vêm abrindo as portas das organizações e