Diversidade cultural e direitos dos povos indígenas
Shelton H. Davis
Shelton H. Davis pontua em seu texto a importância que tiveram as agências e grupos organizados na luta pelos direitos dos povos indígenas e grupos étnicos menos favorecidos.
Em especial, cita a Cultural Survival Inc., criada em 1972 , pelo Prof. David Maybury-Lewis, com o objetivo de avaliar a situação crítica em que viviam os povos indígenas na Amazônia brasileira. Essa fundação era constituída em sua boa parte por Antropólogos, pioneiros em levar aos governos e à agências internacionais de desenvolvimento a diversidade como fator positivo e não como obstáculo nos processos de desenvolvimento social e econômico.
Notório é que, se não fossem por estas organizações, pouca atenção teria sido dirigida à situação das populações indígenas e étnicas, pois tais organizações, foram importantíssimas no monitoramento dos impactos sociais e culturais. Somando-se com vários outros grupos internacionais de defesas do ambiente elas desempenharam papel importante para a definição das políticas especiais e programas de proteção ao meio ambiente e aos direitos humanos e culturais desses povos.
A organizações, Cultural Survival Inc., International Work Group, Indigenous Affairs, (IWGIA), OIT, (Organização International do Trabalho) e outras como a UNESCO, promoveram seminários, convenções, firmaram declarações, a fim de que esses povos tivessem seus direitos garantidos.
Antes deste trabalho de conscientização dos valores, da diversidade cultural e dos direitos indígenas, a ideia que se tinha era somente a de preservar a cultura destes povos como patrimônio histórico. Não existia porém, nenhuma ação para o desenvolvimento destas identidades, que para os modernizadores, seria um grande atraso.
Foi a partir de 1988 que a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) deu início a Década Mundial do Desenvolvimento Cultural, momento importantíssimo para os indígenas, uma quebra de