Diversas
Introdução
Sou sincero em dizer que no início de minha carreira como analista de sistemas, uma das coisas que mais me causava preocupação e desconforto era a análise documentacional dos sistemas que necessitavam de manutenção. Os problemas mais freqüentes eram: desatualização em relação ao sistema corrente, falta de padrão, falta de algumas partes, documentação escondida no arquivo morto e etc. Ao encontrar um sistema todo esquartejado em termos de documentação a primeira atitude era solicitar uma reunião com o chefe, outros analistas e programadores, para que logo após a manutenção definíssemos estratégias de trabalho onde a documentação fosse privilegiada.
Infelizmente depois do atualização do sistema, como o trabalho já estava concluído , a reunião ficava para outra ocasião em que tivéssemos mais tempo. Já a atualização dos documentos era deixada de lado pois o sistema estava desatualizado mesmo. Por outro lado, sempre que eu era designado para o desenvolvimento de algum projeto, deixava a documentação por último porque as pressões do usuário e do meu chefe querendo o sistema “para ontem”, me obrigavam a cuidar primeiro do essencial, depois do secundário. Isto também porque o cronograma estava sempre apertado. A documentação de sistemas, aquela coisa chata de fazer, ficava sempre por último ou quando eu tivesse um tempinho.
Isso tudo me faz lembrar uma estória que minha professora de primeiro grau contava. Era uma vez, uma época em que os animais falavam. Numa floresta havia um grupo de macaquinhos que morava nas árvores. Certo dia aconteceu um tremendo temporal, que durou quase uma semana e castigou muito os bichinhos que viviam ao relento. O chefe da macacada, encharcado e cansado de tanta chuva, falava com a matriarca da turma, “desse jeito não dá, toda chuva é a mesma coisa, é muito sofrimento para um macaco só, quando o temporal passar temos que construir uma casa para abrigar todo mundo.”. E ficou definido que após o