Divagando...
Por que não relaxamos, pedimos um café, falamos abobrinhas e sorrimos um pouco? O próximo elevador deve chegar em breve.
“A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma”
Escolher entre estar feliz e triste não é fácil e não é simples. Mistura enlouquecida, um parto. Tem tanto sentimento no mundo todo. Tem tanto livro pra ler. Tem tantas tardes de sábado [as melhores, porque ainda é sabado]. Aviso aos navegantes: é tudo junto e misturado, bora viver!
Carta para Julieta
Julieta,
Enquanto você vagava pela eternidade com o seu Romeo (assim os românticos e Shakespeare esperam), por aqui comemorávamos o dia dos Correios e Telégrafos e o dia dos namorados. Muitas pessoas apaixonadas pela pessoa certa, outras tentando se apaixonar pela pessoa certa e outras tantas também vagando pela eternidade, minha querida. Inventamos um jeito complicado de nos relacionar e amar, aviso. E tudo era mais simples na época das janelas altas, difíceis de escalar. Impossível de esquecer, fácil de lembrar. Ficou difícil para nós dizer eu te amo e, quando dizemos, nem sempre é real. Quando é, um peso enorme recai em nossas costas. Responsabilidades e pressões. Era fácil morrer de amor, Julieta. Hoje, não mais. Se esquece, recupera-se e segue-se adiante. Litros e litros de sorvete sorvem as lágrimas dos amantes. Mas há os que ainda guardam uma boa perspectiva do amor. Acreditam que os romances podem dar certo. Há os que desejam mãos dadas, apesar das mortes e do trânsito e da bolsa de valores. Há os que esperam envelhecer juntos. E juram que poderá dar certo,