Ditadura Paraguaia
No tocante à história contemporânea da América do Sul, principalmente no período em que as Forças Armadas despontaram como protagonistas no cenário político dessa região (1960-1970), o Paraguai foi um país que, por vezes, não teve reconhecido o importante papel que exerceu, e ainda exerce, nas relações entre os países latino-americanos. Na história recente da “Nação Mediterrânea do Prata”, a sociedade paraguaia se viu imersa em conflitos, causados pelos interesses de grupos que detinham o poder local naquilo que as ciências sociais denominam de conflito intra-oligárquicos, que foram potencializados em razão das constantes interferências externas, quer no cenário sul americano, quer em disputas envolvendo outros países, com especial destaque a presença inglesa no século XIX e norte americana em meados do XX.
A ditadura de Stroessner
Stroessner toma o poder em 4 de maio de 1954, mediante um golpe que destituiu o presidente colorado Federico Chaves.
Assume a presidência oficialmente em 15 de agosto de 1954, com o apoio do Partido Colorado ( um dos mais tradicionais partidos paraguaios) juntamente com as forças armadas, Stroessner construiu no
Paraguai o que ficou conhecido como “la unidad granítica”.
Diferente dos outros regimes militares latinoamericanos, o regime de Stroessner constituiu um sistema político que tendia a permanecer por tempo indeterminado, não aparecia como uma regime transitório de exceção.
Outra particularidade é que a ditadura stronista se sustentou não somente não forças armadas, foi também desde o inicio apoiada pelo Associação
Nacional Republicana (ANR).
A conjuntura internacional vivida na época era marcada com a chamada Guerra Fria, período caracterizado pela constante confronto entre duas superpotências mundiais (EUA X URSS) disputando áreas de influencia para suas políticas.
Na América latina começava a despontar os regimes militares, a maioria deles seguidores da