Economia da América Latina - Paraguai
Introdução
O trabalho fala sobre o Paraguai, desde sua independência até os dias atuais, focando nas questões políticas e econômicas do país. O Paraguai é retratado no seu passado como uma potência regional, mas muitos historiadores alegam que essa visão não passa de um mito. No trabalho, podemos observar que muito desse mito foi criado pela ditadura do General Stroessner. O ditador assim o fez, no intuito de criar no seu povo o sentimento de nacionalismo, alegando que ele seria quem traria o passado glorioso de volta. Entretanto, o que se vê, tanto antes, como depois de Stroessner, é um país marcado por golpes militares, instabilidade política e crises econômicas. Após a Guerra do Paraguai, conhecida no mesmo como Guera da Tríplice Aliança (e assim a chamaremos no trabalho), o país viveu 50 anos de estagnação econômica. Muitos problemas surgidos no final do conflito, permanecem até hoje, como a grande concentração de terras nas mãos de poucos. A maioria de suas eleições ocorreram apenas com um candidato disputando a presidência, assim como apenas um partido exercia o poder. E mesmo quando um partido chegava a tão sonhada presidência, as disputas pelo poder continuavam dentro das facções dos partidos. O país viveu grande parte da sua história em estado de sítio, e, durante muito tempo, foi uma marionete nas mãos de seus poderosos vizinhos Argentina e Brasil.
Independência, Dr. Francia e Carlos Antonio López
Em 1811, o Paraguai declarou sua independência da Espanha, sem luta nem guerra. Após um curto período de anarquia, José Gaspar Rodríguez Francia, mais conhecido como “Dr. Francia” ou “El Supremo”, assumiu o poder e governou até a sua morte em 1840.
Dr. Francia era fiel ao modelo mercantilista, buscando a obtenção de ouro e prata. Durante seu governo, a importação era mínima e para isso estimulou a auto-suficiência agrícola, através da introdução de novas culturas e do desenvolvimento de manufaturas. Dr. Francia