Resenha as veias abertas da américa latina

Trabalho escrito sobre o livro "As veias abertas da América Latina", de Eduardo Galeano.

O livro "As veias abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano, é leitura obrigatória para quem quer entender mais sobre o processo de colonização, industrialização e socio-cultural da América Latina. Contudo, o texto pode parecer tendencioso e até um pouco rancoroso - o que gera a necessidade de um olhar crítico durante a leitura. Escrito em 1970 e com atualizações em 1997 e 2010, quando o autor acrescentou informações que enriquecem ainda mais o livro, ele conta a história da América Latina, desde sua colonização até sua industrialização sob os olhos e as garras do mercado externo. "O autor lamenta que o livro não tenha perdido atualidade." Assim Galeano começa o prefácio da edição de 2010. A seguir, nas quase 400 páginas, o autor conta como a América Latina ainda sofre com o seu processo de colonização de exploração. Assim que seus países conquistaram suas respectivas independências, se tornaram dependentes do livre-câmbio e da grande potência econômica da época: a Inglaterra. Se antes os países latino-americanos exportavam suas matérias-primas para a colônia, agora se tornam escravos do desenvolvimento da Europa. Ouro, prata, algodão, cana-de-açúcar, tudo era exportado e quase nada era reinvestido em terras americanas. O Brasil, exemplifica o autor, se torna serviçal da Inglaterra no momento em que esta ajuda na vinda fugida da Coroa Portuguesa. As colônias ibéricas tinham suas estruturas econômicas subordinadas ao mercado externo. E os países em desenvolvimento sofrem duplamente. Primeiro porque toda a sua riqueza é explorada e fica então desprovido de recursos. Depois, precisa entrar num mercado e competir com países muito mais avançados na indústria. Os mercados coloniais eram apenas apêndices do mercado interno capitalista. Assim, quando estavam supostamente "livres" para se desenvolverem, estavam tão destruídos e tão dependentes desse mercado