Cenário rural brasileiro
O cenário rural brasileiro sempre foi dominado pela grande propriedade,ficando a pequena propriedade e agricultura familiar deixado de lado à subordinação,e esquecido pelos políticos na criação de políticas públicas para o setor. A monocultura e a mecanização foram estimuladas por sucessivos governos, como "modelo" de agricultura "moderna" e "racional".O triste resultado disso foi a expulsão em massa de pequenos proprietários e trabalhadores rurais do campo para as cidades,em busca de empregos terciários e secundários.
O setor urbano-industrial não foi capaz de gerar a quantidade de empregos necessários para todo o contingente de pessoas vindas do campo para cidade através do êxodo rural. Expulsos do campo, esses homens e suas famílias foram constituir os batalhões de mal-empregados,subempregados e desempregados das periferias das grandes cidades brasileiras,compondo o dramático quadro social,marcado por profundas desigualdades,que continuam até os dias de hoje.
Os números desse processo de urbanização do Brasil são expressivos: em 1940, a população brasileira era de 41 milhões de habitantes, 70% vivendo na área rural e 30%, nas áreas urbanas. Em 1980, a população havia triplicado, chegando a 121 milhões, dos quais 68% - 82 milhões de pessoas - já residentes nas cidades. Em apenas cinco décadas, a proporção inverteu-se drasticamente: hoje, o Brasil tem mais de 190 milhões de habitantes, 75% nas áreas urbanas e 25%, nas áreas rurais.Sendo esse um dos motivos para explicar a seguinte afirmação:’’O Brasil é um país muito populoso,e pouco povoado”,ou seja,um imenso número de terras mantidos nas mãos de grandes proprietários,e poucas terras nas mãos de muitos,podendo dizer que no Brasil há uma má distribuição de