Resenha crítica do livro As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano.
O autor quebra a cronologia linear da historiografia oficial e usa de exemplos variados para formar e comprovar a ideia central, que diz que a América Latina desde que foi “ocupada”, como está escrito no livro, pelos europeus no século XVI, é uma “vítima da exploração internacional”. Coloca também que há uma exploração das regiões mais pobres, baseadas nas atividades primárias ou do povo, ou de alguns Estados pelas regiões mais ricas e industrializadas ou pela elite ou por outros Estados.
Pelo livro vemos que Galeano entende que um país ou uma região desenvolvida consegue essa industrialização devido, não à sua própria produção interna, e sim à exploração de outros países ou regiões, que acabam cada vez mais pobres e miseráveis. Essa linha de pensamento nos leva a teoria da soma zero onde se acredita que em qualquer interação sempre tem alguém que obtém benefícios e outro que sai em desvantagem.
Galeano fala em revolta pura e simples, em uma militância, uma organização ou um partido anti-imperialista, como um meio de sair da exploração. Precisamos levar para o lado crítico e histórico ao pensarmos nessa opção. O simples rompimento com o capitalismo e potências dominantes não garantem um futuro melhor. O autor pega Cuba como exemplo para a América Latina. Pensando nesse exemplo precisamos lembrar que atualmente os países que tiveram seu padrão de vida melhorados nas últimas décadas foram economias que se integraram cada vez mais no mercado mundial, que é capitalista, e abriram portas para os investimentos estrangeiros. O engraçado e incoerente é a ideia posta no livro de que quando os