Ditadura Militar no Paraguai
Paraguai, porém, a análise da história desse país e de sua ditadura militar que durou 35 anos é muito importante para a compreensão da realidade paraguaia atual – que segue tendo abalos na ordem democrática, vide a recente deposição do presidente Fernando Lugo, em 2012 – da política latino-americana em geral e de sua inserção na lógica do imperialismo capitalista global. O Paraguai teve sua história ao longo do século XX marcada por golpes e contragolpes, pela força do Partido Colorado, conservador de direita, e imersa em forte militarismo e violência exercida pelas Forças Armadas, especialmente após a vitória paraguaia na Guerra do Charco, contra a Bolívia, a partir da qual o Exército passou a ter forte prestígio social e inserção nas questões políticas.
Em 1954 chega ao poder o General Alberto Stroessner, por meio de um golpe de Estado que abriu caminho para eleições forjadas com candidatura única do Partido Colorado, na qual Stroessner foi eleito com 99% dos votos. A partir daí, entre 1954 e 1989 o General manteve-se no poder tendo como sustentáculo o Partido Colorado, a oligarquia agropecuária e os Estados Unidos, com quem assinou pacto comprometendo-se a combater o comunismo. Impôs a hegemonia dos Colorados, perseguiu e torturou opositores, criou redes de delação e serviu como laboratório para a aplicação da Doutrina de Segurança Nacional na América Latina, em um regime baseado no Terrorismo de Estado.
A partir daí, entre 1954 e 1989 o General manteve-se no poder tendo como sustentáculo o Partido Colorado, a oligarquia agropecuária e os Estados Unidos, com quem assinou pacto comprometendo-se a combater o comunismo. Impôs a hegemonia dos Colorados, perseguiu e torturou opositores, criou redes de delação e serviu como laboratório para a aplicação da Doutrina de Segurança Nacional na América Latina, em um regime baseado no Terrorismo de Estado.
No campo econômico o Paraguai assistiu durante a ditadura Militar de Stroessner um intenso