Militarização da Argentina
Durante os anos 1960 e 1970, golpes militares iniciaram ciclos de ditaduras na América Latina, que provocaram transformações políticas, sociais e econômicas em países como Brasil e Argentina.
As ditaduras militares substituíram governos populistas em vigor desde os anos 1940. Eram tempos de instabilidade política, que impediam tanto a sedimentação da democracia quanto o desenvolvimento social e econômico de países latino-americanos.
Na Argentina, ocorreram seis golpes de Estado no período entre 1930 e 1976. Nos dois últimos, de 1966 e 1976, os militares estabeleceram regimes autoritários mais duradouros (25 anos, no total).
Em 1966, o general Juan Carlos Onganía comandou o que denominou de "Revolução Argentina". Ao contrario do anterior, foi adotado o modelo de Estado autoritário. Três ditadores se sucederam no poder, até que a pressão popular levou à convocação de eleições presidenciais, com a vitória de Juan Domingo Perón, em 1973.
Três anos depois, em 14 de março de 1976, um novo golpe empossou o general Jorge Rafael Videla. Nos 17 anos seguintes, até 1983, quatro juntas militares comandaram o país. Foi a ditadura mais violenta da América Latina, com estimativa de 30 mil civis mortos na chamada “guerra suja”.
Redemocratização
Na primeira metade da década de 1980 começou a redemocratização, que culminou com as eleições dos presidentes Raúl Alfonsín, em 1983, e Tancredo Neves (PMDB), em 1985, encerrando, respectivamente, as ditaduras argentina e brasileira.
Na Argentina, a invasão das Ilhas Malvinas, em 1982, apressou o fim da ditadura. A derrota humilhante para os ingleses levou à queda da última junta militar, já enfraquecida pela insatisfação do povo com os rumos da economia e a repressão.
* foto: general Juan Carlos Ongania- um dos tres ( o general Roberto Marcelo Levingston e o general Alejandro Agustín Lanusse.) que ocupou o lugar no poder durante o periodo de governo militar.
* Cristina Kircher presidente da Argentina