Ditadura militar e serviço social
Ditadura e Serviço Social, uma análise do serviço social no Brasil pós-64/José Paulo Netto – 16. Ed. – São Paulo: Cortez/2011/ FVS – Faculdade Vale do Salgado
Aluno (a): Paula Geovana Olinda de Queiroz
2. A Renovação do Serviço Social sob a Autocracia Burguesa
“Do estrito ponto de vista profissional, o fenômeno mais característico desta quadra relaciona-se a renovação do Serviço Social. No âmbito de suas naturezas e funcionalidade constitutivas.” (pág. 115)
“Nosso objetivo central, aqui, é oferecer um contributo á necessária análise deste processo de renovação, cujos rebatimentos são visíveis nos dias correntes.” (pág. 116)
2.1. A autocracia burguesa e o Serviço Social
“[...] a autocracia burguesa e a renovação do Serviço Social não é o mesmo que sugerir que a estratégia e o sentido da ditadura jogaram, intencional e prioritariamente, na erosão e na deslegitimação das formas profissionais consagradas e vigentes à época da sua emersão e consolidação.” (pág. 117)
“No que diz respeito á pratica dos profissionais, o processo da “modernização conservadora” (cf. capítulo 1, seção 1.2), tomado globalmente, engendrou um mercado nacional de trabalho, macroscópico e consolidado, para os assistentes sociais. O desenvolvimento das forças produtivas, na moldura sociopolítica peculiar da autocracia burguesa, saturou o espaço social brasileiro com todas as refrações da ‘’questão social” hipertrofiadas e com sua administração crescentemente centralizada pelas políticas sociais do Estado ditatorial.” (pág. 119).
“A criação de um mercado nacional de trabalho para os assistentes sociais tem seus mecanismos originais deflagrados em meados dos anos quarenta(...)” (pág. 119).
“Até meados da década de sessenta, o mercado para os assistentes sociais, nesta área, era verdadeiramente residual e atípico (complementando efetivamente, no setor privado, pelas “obras sociais” filantrópicas que, embora girando na orbita estatal, não estavam