O serviço social e o contexto histórico na ditadura militar
NA DITADURA MILITAR
INTRODUÇÃO
O regime militar no Brasil foi um período iniciado em abril de 1964, após um golpe militar, chamado pelo seus autores de "Revolução de 31 de março" articulado pelas Forças Armadas, em 31 de março do mesmo ano, contra o governo do presidente João Goulart. Por trás da revolta militar, apareciam as figuras dos governadores Magalhães Pinto (Minas Gerais), Adhemar de Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Rio de Janeiro), opositores ferrenhos do presidente João Goulart.
O Golpe de Estado no Brasil em 1964 teve origem, na "conspiração antivargas", que incluía os militares, porém os principais líderes militares do movimento de 1964, (Humberto de Alencar Castelo Branco, Juarez Távora, Médici, Juraci Magalhães e Ernesto Geisel), foram ex-tenentes que apoiaram Getúlio Vargas na Revolução de 1930 que levou Getúlio ao poder. Getúlio Vargas era alvo de deliberadas críticas dos seus opositores, principalmente do jornalista Carlos Lacerda (UDN), que achavam demasiado esquerdista sua política sócio-econômica. Segundo os partícipes do golpe, o golpe de 1964 foi uma "contra revolução" para impedir a tomada do poder no Brasil pelos comunistas.
Tal ato foi justificado por seus executores como uma intervenção necessária para a defesa da ordem e da democracia ameaçadas, aos interesses das classes dominantes.
Diante do contexto histórico político da ditadura militar brasileira, busca o presente trabalho analisar a articulação do movimento de reconceituação do serviço social que, mediante a insatisfação dos profissionais devido suas limitações, veio a instituir uma perspectiva de mudança social, devido à conscientização da exploração, opressão e dominação.
1. A crise do Serviço Social: o processo de renovação da profissão
No decorrer do governo de Jânio Quadros (1960-1961), no ano de 1961, e logo depois de João Goulart (1961 - 1964) - popularmente conhecido como Jango, entre 1961 e 1964, a sociedade