Ditadura Militar Tecnicismo
TECNICISMO NO BRASIL Essa tendência, que chegou ao Brasil com a ditadura militar, nada mais é do que a tentativa de aplicar na escola o taylorismo (modelo empresarial baseado da racionalização, permitindo a previsão e controle das fases da produção). Seu principal objetivo era preparar a educação às exigências da indústria numa sociedade capitalista, portanto precisava alcançar a eficiência e a produtividade, tendo sempre uma meta a cumprir. Para isso, a educação tecnicista precisava ser racional, objetiva, organizada e eficaz.
Baseado na separação entre setor de planejamento e de tarefas das empresas, os professores eram técnicos responsáveis por passar aos alunos conhecimentos, eram assessorados por outros técnicos, que não estavam em contato direto com a sala de aula, mas mesmo assim planejavam as aulas e estipulavam objetivos. Dessa forma o conhecimento era passado de forma técnica e objetiva. Foram adicionadas disciplinas profissionalizantes, numa tentativa de aprimorar as habilidades do aluno através do treinamento. São utilizados meios tecnológicos de ensino, como filmes, computadores, telensino, slides entre outros. O “aprendizado” é a capacidade do aluno “entender” e repetir, sem abertura para debates. O tecnicismo aplicado na educação surge nos EUA e é importado pro Brasil, e para outros países latino-americanos, na década de 1960, quando a escola nova vinha sofrendo várias críticas e foram aceitas ajudas financeiras e técnicas dos norte-americanos. Com isso, os norte-americanos passaram a ter uma grande influência na forma de política desses países. Apesar disso, essa tendência, que tem como base o positivismo e o cientificismo, começou a se formar no século XIX. O positivismo, de Auguste Comte, cultua a ciência como sendo a única manifestação legitima do infinito, e que tudo deveria ser colocado nesta, inclusive a educação (Fontana, 2001, p. 35). Assim, através da