Disturbios de Linguagem
Se comunicar é considerado tão natural para o homem que alguns cientistas a considera natural, no entanto, os mecanismos responsáveis pela comunicação são muito mais complexos do que se pensa. O propósito deste trabalho é demonstrar os mecanismos de funcionamento do cérebro humano mediante a comunicação, visando mostrar o comportamento do cérebro mediante a fala, leitura, escrita e audição, tal como as neurociências o entendem hoje. Sempre analisamos apenas os aspectos racionais, cognitivos, da linguagem falada. Mas todos sabem de nossa experiência cotidiana que a fala humana difere da fala de um robô porque tem nuances e entonações de voz que conferem a ela um conteúdo emocional capaz inclusive de modificar o sentido racional das frases e etc. E mais, não apenas a modificação da voz humana serve a esses propósitos emocionais pois a mímica facial e os gestos que fazemos com as mãos e com o corpo participam desse “código” complementar da fala. Uma frase banal (por exemplo, “não faça isso”) pode ser dita de forma suave ou com agressividade; pode até mesmo ser dita com uma inflexão tal que contrarie o sentido racional da frase e signifique “faça isso”...
As inflexões de voz, a mímica facial e os gestos das mãos e do corpo são aspectos emocionais da fala conhecidos como prosódia. Além desses aspectos emocionais, a prosódia permite também que o emissor e o receptor diferenciem uma afirmação de uma interrogação e de uma exclamação.A entonação da frase “você vai á escola” difere de “você vai á escola?” apenas pela modulação da última palavra no sentido de frequências mais altas de vocalização. A mesma frase, com um ponto de exclamação ao final, terá também uma modulação característica quando for emitida. A localização cerebral da prosódia não está ainda bem determinada, mas sabe-se que as áreas ativas pertencem, na maioria das pessoas, ao hemisfério direito, localizando-se nas mesmas regiões que no lado esquerdo processam os aspectos