Distocia de ombros
Distocia de Ombros – Marco Teórico
Introdução
A distocia de ombros se configura quando a extração dos ombros não se realiza após a tração de rotina, sendo necessárias manobras adicionais. Na maioria dos casos a distocia ocorre no ombro anterior impactado na sínfise púbica materna. A ausência de consenso e objetividade nos critérios que definem a distocia de ombros, contribuem para que sua incidência varie entre 0,2 a 3% dos partos vaginais. Alguns autores referem-se ainda a sua incidência de acordo com o peso do recém-nascido (RN), variando de 0,6 a 1,4% se o RN pesar entre 2500 e 4000g e entre 5 a 9% se o peso a nascença se situar entre os 4000 e 4500g. A distocia de ombros é uma verdadeira emergência obstétrica, pois quase 50% dos fetos morrem por hipóxia/acidose dentro de 5 minutos da liberação da cabeça.
Predição e Prevenção Os fatores de risco para a distocia de ombros podem ser divididos em dois grupos: os Anteparto (distocia de ombros prévia, macrossomia, diabete, IMC materno > 30 e indução do parto) e os Intraparto (1° estagio do parto prolongado, parada secundaria, 2° estagio do parto prolongado, estimulação com ocitocina, fórcipe).
Embora existam inúmeros fatores de risco associados à distocia de ombros ela é na verdade imprevisível. Mesmo a macrossomia fetal, o principal fator de risco, não é bom preditor. A maioria dos infantes com > 4500g não desenvolve a distocia de ombros e quase 50% dos infantes com essa complicação pesam menos de 4000g. Além do mais, o US no 3° semestre tem apenas 60% de sensibilidade para macrossomia. A cessaria eletiva para prevenir a distocia de ombros só está indicada em um pequeno grupo de mulheres com diabete e suspeita de macrossomia fetal, porém não existem evidencias suficientes para indicação absoluta de cessaria para fetos com macrossomia identificada por ultrassom.
Complicações
A morbidade e mortalidade perinatal estão elevadas, assim como a