diritto
Ela não nega a influência externa, os condicionamentos e os determinismos, mas recoloca no homem a capacidade de refletir sobre as limitações que lhe são impostas, a partir das quais orienta a sua ação. Portanto quando decide pelo dever de cumprir uma norma, o centro da decisão é ele mesmo, a sua própria consciência moral, e, portanto, é característica das Normas Morais.
Para Kant, autonomia indica a condição de uma pessoa ou de uma coletividade, capaz de determinar, por ela mesma, a lei à qual se submeter. Ernst Cassirer, um dos maiores comentadores de Kant, salienta o que é a autonomia para o autor:
"A autonomia é aquela vinculação da razão teórica e da razão moral em que esta tem a consciência de vincular-se a si mesma" (CASSIRER, 1968)
Assim, podemos dizer que, para Kant, a autonomia é a vontade própria. É governar-se por si mesmo. É a escolha racional e emocional. É a escolha que não leva em conta as consequências externas e imediatas dos atos e nem as regras, por pura prudência, inclinação, interesse ou conformidade.
Sem dúvida, a teoria do homem autônomo, tão almejado por Kant, é bela, mas apresenta também algumas características negativas. Conforme Hill (1898), “pessoas imorais não diferem moralmente das melhores pessoas nos padrões de escolha racional a que estão cometidos”.
O homem moral almejado por Kant é muito difícil de ser encontrado. Como para Kant, a autonomia racional é pensada para ser uma característica inevitável de todo agente racional, toda vontade humana racional teria inerente em si a perspectiva da autonomia racional. Os homens apenas se distinguiriam segundo o que fazem, mas não segundo os padrões de escolha racional a que