Direito Positivo E Natural

O direito natural defende a idéia de justiça, um ordenamento ideal, sem tempo de prescrição, corresponde a uma idéia superior e anterior, que não muda de lugar para lugar. Durante a idade média o direito natural era remetido a vontade de Deus, chegando a ser considerado superior ao direito positivo. Alguns defensores desse ponto de vista são John Locke e Tomás de Aquino.
Já o direito positivo defende o direito ordenado pelas leis que regem a vida de uma determinada sociedade em determinado período de tempo e abrange toda conduta humana. Thomas Hobbes defendia que “o homem é o lobo do homem”, ou seja, um homem luta contra o outro para sobreviver, ele chama esse momento de estado de natureza. Segundo ele para tal luta chegar ao fim todos deveriam abdicar dos seus direitos para viver em sociedade, vivendo em um contrato social. Ele criticava veementemente a liberdade no Estado, dizendo que traria os conflitos que o contrato social tentava acabar. Com este pensamento de que as leis e regras deveriam vir do Estado e não da consciência coletiva Hobbes enquadra seu pensamento no positivismo.
O livro “Os exploradores de caverna” narra a historia de exploradores que ficaram presos em uma caverna após uma expedição, e para não morrerem de fome até que conseguissem livrá-los de la eles decidem comer um dos companheiros de jornada. E assim nasce o conflito proposto pelo autor, a atitude dos infortunados deve ou não ser condenada?
Defendo o ponto de vista positivista na hipótese do livro, pois o positivismo diz que é um direito mutável e prescritível, ou seja, adapta-se de acordo com a necessidade da sociedade. Levando em conta a situação daqueles laboriosos homens, que estavam soterrados há dias, vivendo somente entre eles e em estado de calamidade pode-se dizer que era uma outra sociedade. Isso porque a situação em que se encontravam era totalmente adversa as situações que as leis do país deles legislavam, com isso é justo que o julgamento seja de acordo com a situação.