Direito familiar
Tabak D.G.
Revisão
Transplante de medula óssea em leucemia mielóide aguda
Daniel G. Tabak
O transplante de medula óssea constitui terapêutica eficaz no tratamento da leucemia mielóide aguda. Embora utilizado inicialmente em pacientes em fases tardias da doença, os melhores resultados são documentados em pacientes submetidos ao procedimento enquanto em primeira remissão. Avanços no manuseio do paciente neutropênico permitem hoje a utilização com maior segurança de regimes quimioterápicos agressivos que resultam em uma sobrevida prolongada, semelhante àquela observada pós regimes mieloablativos. Ainda existem dúvidas sobre quais os pacientes que deveriam ser submetidos às diferentes modalidades de intensificação. Os estudos citogenéticos e uma melhor definição das características biológicas de cada indivíduo permitirão uma melhor seleção de pacientes. O melhor controle da Doença do Enxerto contra Hospedeiro, o melhor manuseio das complicações infecciosas pós transplante, a utilização de regimes de condicionamento menos agressivos e a maior disponibilidade de doadores não aparentados permite antever uma maior aplicabilidade do transplante de medula óssea alogênico no tratamento da Leucemia Mielóide Aguda, inclusive em pacientes mais idosos. O papel do transplante autólogo precisa ser melhor definido. Rev.bras.hematol.hemoter., 2000, 22(1):55-62 Palavras-chave: leucemia mielóide aguda, transplante de medula, tratamento
Introdução O transplante de medula óssea (TMO) vem sendo utilizado no tratamento da leucemia mielóide aguda (LMA) há mais de 15 anos. Thomas e colaboradores descreveram 100 pacientes com leucemia aguda que falharam com o tratamento inicial e encontravam-se em vários estados de sua evolução. O relato incluía 54 pacientes com LMA. Seis pacientes permanecem livres de doença por um período de acompanhamento superior a 11 anos (1). O melhor manuseio das complicações permitiu a utilização