DIREITO EGÍPCIO
Em linhas de regra a monarquia do Antigo Império constitui um cenário que vai de III a VI Dinastia (séculos XXVIII ao século XXIII AC respectivamente) referente à História Egípcia.
Mais precisamente e de forma que seja possível uma visão mais ampla sobre o primeiro par de Dinastias até a III que marca o início da monarquia do Antigo Império da História Egípcia é interessante frisar que: de acordo com Jean Gaudemet e suas pesquisas: o fundador da I Dinastia foi Menés, cujo um dos se não o maior destaque foi a unificação do Egito, sob sua ordenação, que era até então dividido entre Alto e Baixo Egito; as duas primeiras dinastias tinitas (3000 a 2585 AC) representam o início de uma monarquia unitária, de caráter centralizadora e fiel ao direito divino. Desta maneira as III e IV Dinastias (conhecidas como menfitas) representaram a consolidação da monarquia do direito divino sempre envolvendo a religião.
Um pilar de enorme importância no Antigo Egito foi a religião. A influência era tamanha que a religião servia como guia referente aos assuntos mais importantes, como por exemplo, a fertilidade dos campos, vitórias militares, a felicidade da população, a concepção do Faraó e cultura, como os animais sagrados. Uma possível explicação sobre esta última informação sobre o envolvimento da religião na cultura egípcia, vem do Cláudio DeCicco que acreditava que havia dois povos distintos nas margens do Rio Nilo, sendo um deles com religião vinculada ao culto por animais que influenciou na crença de animais sagrados, tais como o boi Ápis.
A organização político-social do Antigo Egito tinha no topo o Faraó, que era tido como um "deus" e passava então a ocupar um patamar divino perante os olhos do povo (novamente nota-se forte influencia da religião) e era o órgão máximo de poder, sendo inclusive o único legislador (e portanto sustentando a