O preconceito rumo a invibilidade
Invisível, palavra casualmente pontuada a personagens de histórias infantis ou filmes de ficção, onde a capacidade de não ser notado pela sociedade em geral é motivo de euforia e estados animadores.
Entretanto no mundo real, fora das fantasias populares e apaixonantes que desfrutamos nos exemplos citados, a relação com o adjetivo invisível é totalmente e inconfundivelmente diferenciado dos subjugados anteriormente.
Não mais nos referimos a meros figurantes que desempenham um papel que lhes foram destinados, mas á pessoas portadoras de alguma ou nenhuma deficiência física ou genética tais como moradores de rua.
Seria fácil rever nossos conceitos sobre eles já que pelo simples fato de serem pessoas os seus direitos são brevemente igualitários perante outros seres humanos.
Projetos de âmbitos sociais que circunscrevem a integração afetiva de moradores de rua em nossa vida coletiva são bem vistos em tempos atuais, contudo entre as linhas destas campanhas á a discriminação. Um pequeno exemplo seria a chamada “operação limpeza” que tem como objetivo maior e primordial a luta pela “extinção” de classes mais pobres vivendo nas ruas.
Medidas como estas são um desacato para com seres humanos incapazes de se sustentar. O bem comum não deveria ser explorado de tal forma por mérito da própria palavra “comum” que interage com todos sem exclusão.
Assim mentes propicias a discriminações por hora não deveriam se submeter a utilizar a palavra invisibilidade á ninguém que não se mostre um personagem fictício, pois com os rumos sociológicos que envolvem o nosso planeta num planejamento mais avançado quem se mostra em direções capazes de se tornarem invisíveis é, sim, o próprio preconceito.