Direito de defesa do réu, moralidade e julgamento de nuremberg
INTRODUÇÃO O trabalho a seguir tem como objetivo fazer uma análise crítica do filme ‘Julgamento de Nuremberg’ em face dos direitos dos réus e a moralidade. Para isso será necessário fazer uma abordagem inicial sobre o filme bem como avaliar se há algum direito ou princípio penal atingido em face do julgamento, bem como, a o senso de ‘justiça’ por parte do povo frente ao Nazismo não levou a se atingir a moralidade do julgado e da sociedade que aceitou tal julgamento como válido.
Desejo uma boa leitura.
Direito de Defesa do Réu, Moralidade e Julgamento de Nuremberg
Quando se fala em casos jurídicos célebres podemos pensar em vários, no entanto, o filme ‘Julgamento de Nuremberg’, cuja versão é de 1961, que retrata o julgamento de quatro juízes alemães, acusados de terem usado seus altos cargos para permitir e legalizar as atrocidades cometidas pelos nazistas durante a 2ª Guerra Mundial, tornou-se uma referência jurídica, pois tenta mostrar de forma fiel as peculiaridades dos dois lados envolvidos.
O filme traz informações históricas referentes à Segunda Guerra Mundial, a partir dos depoimentos dos réus (juízes alemães), testemunhas e arguições da promotoria e defesa. Mostra a defesa buscando a absolvição dos réus ou, pelo menos, uma condenação baseado em um julgamento justo e, por outro lado, a acusação, representada pela promotoria, buscando a condenação dos acusados como forma de punir os responsáveis e, de maneira indireta, toda a sociedade alemã que se omitiu diante de Hitler.
De fato, a acusação, ao contrário do que possa parecer, entendia que não se tratava somente do julgamento desses quatro juízes, mas sim da população alemã como um todo tendo em vista que houve um “tácito consentimento” com as ações iniciais promovidas pelo nazismo na pessoa de Hitler. Por tudo isso, volta-se a se repetir que o Julgamento de Nuremberg tornou-se referência na nossa história não apenas pela