Direito das ruas
Essas classes, no governo brasileiro, são definidas, a partir da renda familiar, como segue:
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A classe média tradicional adquiria eletrodomésticos, roupas de marcas famosas, comiam bem, seus filhos faziam curso de idiomas, cursavam nível superior, aderiam a planos de saúde, tinha lazer e possuíam poupança. O governo decidiu que a nova classe média deveria ser aquelas em que as famílias ganhassem renda familiar média entre R$1.540,00 à R$ 2.813,00. Realizando uma estimativa de preços, teremos:
INSUMOS
GASTO R$
ÁGUA
80,00
ENERGIA ELÉTRICA
160,00
FACULDADE
576,81
IDIOMAS
130,00
PLANO DE SAÚDE
450,00
ALIMENTAÇÃO
953,31
TOTAL
2.350,12
Fazendo um cálculo baseado no hábito da antiga classe média, verificamos que a nova classe média, não alcançaria tais benefícios com a renda recebida. Em verdade, encontra-se bem distante, uma vez que não foram computadas despesas como gás, vestimentas, livros, transporte, lazer e poupança.
Se o que é considerado classe média atualmente, não consegue ter acesso a todos os itens considerados básicos para uma vida digna, confortável, as classes abaixo dessa renda ficam muito distante do acesso a esses bens básicos para a sua sobrevivência. Essas famílias, pertencentes às classes E e D são aquelas que não possuem moradia adequada, vivem em barracos num terreno invadido, desprovidos de qualquer recurso que garantam uma sobrevivência mínima. São pessoas que além da moradia, também não possuem acesso a educação, a saneamento básico, não exercem sua cidadania por desconhecerem seus direitos.
O homem desde sua concepção é um ser dotado de valores. Não por obra do direito regrado, mas valores natos, inerentes à sua natureza. Liberdade, respeito, raciocínio, livre arbítrio para tomar suas decisões, são características desses valores que são devidos ao homem para a sua plenitude. Porém,