Diferenças entre a fala e a escrita
Falar e escrever são formas diferentes de dizer e expressar significados construídos na linguagem e pela linguagem, dentro de uma situação interativa. Nesse sentido, Halliday (1989) propõe que falar e escrever, enquanto formas diferentes de dizer e modos diferentes de se expressar em significados lingüísticos, apresentam uma interface: a snalogia entre fala e escrita sustentada por três princípios. Um deles é que a escrita não incorpora todos os potenciais de significação da fala, pois deixa de lado as participações paralingüísticas e prosódicas e, a fala não apresenta os limites da sentença e do parágrafo; estas diferenças, porém, são de sinais e não de conteúdo. O outro é que não há necessidade de duas linguagens para a mesma função pois uma seria a duplicação da outra. Logo, cada modalidade serviria para uma finalidade mais específica, sem perder sua característica fundamental de ser “linguagem”. Por último, fala e escrita planteiam diferentes aportes para a experiência: a escrita cria o mundo da coisas/objetos (things) e a fala, o dos acontecimentos. Para esse autor, tais aportes seriam formas possíveis de se olhar para o mesmo objeto de conhecimento, ou seja, a Outro aspecto levantado por Halliday (ibidem) é o de que o ser humano aprende ouvindo e falando, lendo e escrevendo; que aprender se traduz no processo de construir significados e que o componente cognitivo da aprendizagem pode ser conceituado como o processo de construção de significados mediante um.Nessa concepção a sugestão de que não podemos mais persistir em tratar a fala como caricatura de si mesma e em colocar a escrita em um pedestal, sob pena de prejudicarmos os caminhos para a melhor compreensão de como a criança aprende. Reforçando a visão de integração, encontramos na contribuição desse autor a sugestão de que não podemos mais persistir em tratar a