didática e prática histórico-social
Muito se tem discutido a respeito do processo de leitura e escrita . Na tentativa de explicar como se constitui sua aquisição na escola, o que pensam os educadores e a criança sobre esse objeto e quais os fatores que contribuem para o fracasso na e da escola, muitos autores têm elaborado questões que tornam possível repensar a prática escolar.
Diante dessa realidade, no primeiro capítulo, – O ensino da língua escrita e o fracasso escolar – procurei mostrar através de alguns autores como Soares (1987), Cagliari (2000), Melo (2000) Lemle (2003), Possenti (2000), Souza (2003) que, por falta de uma explicação cientifica para a causa do fracasso escolar, os educadores jogam a culpa na própria criança pela sua dificuldade, atribuindo-lhe uma suposta “deficiência lingüística e cultural”, porém pesquisas demonstram que o problema não está na criança, mas na estrutura social desigual que não dá condições para que professores escola lidem, competentemente, com as diversidades culturais e lingüísticas de suas crianças. A língua é construída na e para a interlocução no processo dialógico discursivo e que não tem sentido ensinar de forma fragmentada.
No segundo capítulo,- Alfabetização: do ensino tradicional ao sócio-interacionismo – abordo com base em Ferreiro (2001) e outros autores, a questão de que os educadores têm uma concepção equivocada da escrita tratando-a como sistema de código fechado onde a aprendizagem se dá de forma mecânica na relação grafia e som, dificultando o desenvolvimento da criança na aprendizagem da leitura e escrita. Para essa autora , a escrita é um sistema de representação e a aprendizagem deve se constituir em uma construção