“Didática” no contexto da educação a distância: quais os desafios?
Muitas reflexões têm sido realizadas sobre Educação a Distância (EAD). Moran
(2002), por exemplo, define a Educação a Distância como um processo de ensinoaprendizagem mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente, no entanto, permanecem conectados por uma série de tecnologias (correio, telefone, fax, Internet, etc), inclusive o Decreto Lei 5.622 de 19 de dezembro de 2005, Capítulo I, Art. 1°, traz as mesmas abordagens como vemos:
[...] caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e de aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos (BRASIL , 2005).
Segundo Lévy (1999), a EAD explora certas técnicas de ensino, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Ainda conforme Levy (1999), o essencial, na EAD, é um novo estilo de pedagogia que favorece aprendizagens personalizadas e coletivas, priorizando as redes de conhecimento e as comunidades virtuais.
A Educação a Distância pode ser compreendida como uma modalidade educacional que faz uso de processos, os quais vão além da superação da distância física.
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) usadas na EAD não servem apenas para diminuir a distância física entre aqueles que aprendem e aqueles que ensinam, elas são eficazes nos próprios cursos presenciais. Essa abordagem não é original, já que tem como base o conceito de distância transacional que considera a distância educacional não do ponto de vista físico, mas do ponto de vista comunicativo (MOORE, 1993). O uso adequado das tecnologias em atividades de ensino a distância pode criar laços e aproximações bem mais firmes do que as interações que ocorrem no breve tempo da
aula