Dialética no Serviço Social

1- Como atuar criticamente e de modo transformador diante de um meio profissional onde predominam as forças conservadoras, burocratizadas e alienadoras, ou mesmo como compreender essa realidade tão complexa associando dialeticamente teoria e pratica.

Segundo PONTES (2004), em um mundo tão dividido como o qual vivemos, uma única corrente de princípios teóricos, em especifico a teoria marxista, nunca será homogênea, não funcionando como vacina, imunizando as pessoas contra os males decorrentes de concepções estreitas, unilaterais, preconceituosas.
Assim é possível compreender a pluralidade dos assistentes sociais, e a partir deste movimento entender que em um mesmo ambiente profissional haverá ações e práticas diferenciadas. Mesmo que todos os indivíduos estejam empenhados em lutar por um mesmo objetivo, quando há falta de coesão diminui-se também a possibilidade de fazerem história de modo consciente e organizado; não sendo capazes de se reconhecerem como sujeitos integrados à este processo. Ou seja, suas forças são muito limitadas.
Segundo Pontes:
“Quando organização deixa de ser o lugar onde suas forças se multiplicam e passa a ser um lugar onde elas são neutralizadas ou instrumentalizadas por outras forças, orientadas em função de outros objetivos”. ( PONTES, 2004, pág. 36)

O autor acredita que a ausência da compreensão dialética desses problemas levam as pessoas/ profissionais, a uma atitude alienada, que gera perdas tanto aos indivíduos como à organização, pois a partir do momento em que não penetram criticamente em uma luta permanente pela democratização de todas as relações humanas, esses indivíduos podem cair facilmente nas práticas burocratizadas e superficiais, impostas pelas instituições empregadoras.
Deste modo a dialética têm um papel fundamental, pois ela é é autocrítica, ou seja ela proporciona ao assistente social fugir das práticas conservadoras e burocráticas, possibilitando ao mesmo constantemente rever as interpretações em que se