INSTRUMENTALIZAÇAÕ DE PESSOAS SERVIÇO SOCIAL E RAZÃO DIALÉTICA
Assim, instrumentalizar o ser humano significa servir-se dele enquanto útil para alguém que deseja atingir determinado objetivo. E apenas esse objetivo é relevante: o outro nada significa: não há preocupação com o que lhe vai na alma, com suas angústias, com seus problemas, com seus anseios de ver mãos estendidas em gestos autênticos de bondade, de olhares de compreensão, de encontrar, no fundo do coração, a certeza de estar com gente confiável e verdadeira.
Nos momentos difíceis é que se conhecem os verdadeiros amigos, aqueles que, a despeito das perdas materiais, continuam atentos, solidários, presentes, uma vez que sabem enxergar no outro os autênticos atributos interiores, que nada destrói, por serem permanentes.
Serviço social e Razão dialética - Ainda que surgindo no universo das práticas reformistas integradoras que visam controlar e adaptar comportamentos, moldar subjetividades e formas de sociabilidade necessárias à reprodução da ordem burguesa, de um lado, e como decorrência da ampliação das funções democráticas do Estado, fruto das lutas de classes, de outro, o Serviço Social, entretecido pelos interesses em confronto, vai ampliando as suas funções até colocar-se no âmbito da defesa da universalidade de acesso a bens e serviços, dos direitos sociais e humanos, das políticas públicas e da democracia. Pela instrumentalidade da profissão, pela condição e capacidade de o Serviço Social operar transformações, alterações nos objetos e nas condições (meios e instrumentos), visando alcançar seus objetivos, vão passando elementos progressistas, emancipatórios, próprios da razão dialética. Pressionando a profissão, tais forças progressistas (internas e externas) permitem que a profissão reveja seus fundamentos e