Detergentes enzimáticos
Segundo Coelho, Salgado e Ribeiro (2008), a utilização dos detergentes enzimáticos, iniciou-se por volta de 1914 na Alemanhã, com Röhm que, utilizando proteases de pâncreas de suínos, fez o primeiro detergente compacto chamado Burnus. O produto não foi muito aceito no mercado, pois não formava espuma e era muito pequeno. O devido uso do detergente enzimático se fez em meados dos anos 60, por indústrias como agentes auxiliares.
Nos anos 70 surgiram processos alérgicos em pessoas que tinham contato com a fabricação do detergente enzimático; para atenuar a situação, foi obrigado aos detergentes conter uma porcentagem de enzimas reduzida.
O primeiro detergente com enzimas a ser comercializado no Brasil foi o “Biotex” da Organon em 1968. A partir de então diversos produtos foram introduzidos no mercado consumidor brasileiro. Um exemplo atual é o Omo dupla ação que contem enzimas em sua composição. Contudo os detergentes enzimáticos não foram tão bem aceitos no mercado por serem “titulados” removedores de manchas e por terem o custo elevado.
2. APLICAÇÕES
Detergentes enzimáticos são indicados principalmente para a limpeza de sujidades orgânicas tais como carboidratos, proteínas, óleos e gorduras. Por agirem como catalizadoras das reações bioquímicas das células e decomporem estruturas moleculares complexas em simples, as enzimas facilitam a remoção de resíduos orgânicos.
São utilizados em diversas áreas para a limpeza de instrumentos médicos e odontológicos, cirúrgicos em geral, pinças de biópsia e todos fibroscópios para qualquer especialidade médica, endoscópios, vidraria laboratorial em geral, rouparia hospitalar, limpeza de câmaras frias, baús, tanques, piso e utensílios industriais em cozinhas indústrias, indústrias de alimentos, frigoríficos, panificadoras, açougues, laticínios, dentre outros.
3. FORMULAÇÃO
As famílias de enzimas desejáveis em um detergente enzimático são: proteases, lipases e amilases. Na